Serrote Quinamuiú: história, beleza e turismo ecológico em Tauá.
O que para quem passa pela BR-220 pode parecer apenas uma formação rochosa de aparência seca, é na verdade um traço da natureza que marca o horizonte e a identidade de Tauá. Acredita-se que o Serrote do Quinamuiú é local de visitação desde o princípio da colonização das terras que deram origem à cidade, no século XXVIII.
Se por mais de cem anos o Quinamuiú despertou a contemplação das pessoas apenas pela beleza da vista a partir do seu topo, o local ganhou ainda mais atenção quando em 1899 o padre Ferreira fincou um cruzeiro no cume do serrote, a 480 metros de altitude. O local passou a ser destino de peregrinação para orações ao pé do cruzeiro do serrote.
Nos anos 1960, a exploração de ametista – uma variedade de rocha azulada usada em ornamentação – fez com que fosse construída uma estrada que dava vazão à produção. Extinta essa atividade, a estrada deu origem à trilha como é conhecida hoje. Rústica, ela conta com passagens com um certo nível de dificuldade, mas nada que espante ou desmotive o número cada vez maior de pessoas que querem chegar ao ponto mais alto da cidade.
São cerca de 40 minutos de caminhada serrote acima com parte do terreno íngreme e pedras soltas. No inverno, ficam evidentes grotas e bolsões de água. Quem se aventura na trilha está se permitindo ao contato com o que é de mais puro da fauna e flora local. A vegetação nativa conta com arbustos e árvores de pequeno, médio e grande porte, como angico, aroeira, pau ferro e pau d’arco. Encontra-se também palma, mandacaru, macambira, xique-xique e bromélias.